Über plushness

20 class a cigarettes. Vejo isso desde a adolescência. Sempre me perguntei do porquê de tanta incorreção: se é plural – cigaretteS -, eles não deveriam suprimir o artigo indefinido? Ou a idéia é 20 Class “A” cigarettes. Existe Class C cigarettes? Se houvesse, eles o venderiam como tal?

Essa discussão sobre concordância numérica me fez lembrar de um episódio da minha infância. No ônibus que me levava de casa pra escola et vice versa, havia um adesivo na parte superior do pára-brisa, uma propaganda (provavelmente o ônibus escolar era patrocinado pela empresa…): Molas Padroeira. Nossa, isso me encasquetou por muito tempo… Acho mesmo que eles deveriam ter contratado um publicitário pra ajudar a criar o nome da empresa…

Depois de anos de convivência com a língua inglesa, aprendendo muitas coisas pequenas aqui e ali, hoje sou capaz de sugerir uma outra leitura para o label dos cigarettes: vernacular. Eles vendem o produto usando a língua do povo. A interpretação definitiva da frase é a condensação de “of” em “a”. Ao invés de dizer “20 class of cigarettes”, eles preferem a frase coloquial “20 class a cigarettes”. Não é bem melhor assim? A culpa é deles se não há diferenciação entre maiúsculas e minúsculas. Se eu fosse o cara do marketing (MKT), eu diria “20 classy cigarettes”. Assim é melhor.

Não é engraçado, pra dizer o menos, as frases que esse povo é capaz de criar para seduzir o povo e vender uma determinada merda? Tome o caso, e.g., dos produtos incrivelmente maravilhosos que conquistaram o coração e o bolso de mulheres, que variam entre bobinhas e ingênuas, da Victoria’s Secret. Ai, que gostoso esse ideal de consumo, querer ser igual àquelas modelos… Ultimamente eu tenho notado que, de 10 mulheres da classe média que eu conheço, 9 compram produtos “importados oficialmente” da Victoria’s Secret. Essencialmente cremes. Moisturizers. Eu incidentalmente tive a curiosidade de ler o rótulo de um desses cremes, explicando o que ele é/faz. Olha que inspirador:

Slip into petal softness with our

Skin-Silkening Body Lotion.

Enriched with natural skin soothers,

conditioners, and sensual fragrance,

it leaves skin soft, silky and

scented with sparkling Pear Glacé.

Nossa, quase bebi o negócio…

Veja só se não é quase um ato sexual (vou fazer uma versão para o português):

Mergulhe dentro da suavidade das pétalas com nossa loção que faz sua pele se transformar em seda. Enriquecida com amaciantes naturais (eles sempre dizem isso. How to get ahead in advertising, anyone? Cê sabe, né, essencialmente é tudo uma mistura muito química…), condicionadores, e uma fragrância sexual, ops, sensual, ela deixa a pele macia, sedosa e perfumada com um glacê cintilante de pêras” (??).

Fez escola.

Ainda faz, quando um advertiser quer vender alguma merda… Seja cigarro, seja creme. Haja crasse!

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A minha postagem neste blog está começando a parecer Twitter – na minha opinião, uma dessas idiotices fenomenais que eu não entendo e que fazem adolescentes virar milhonários (sic).

Haja prolificiduidade (prolífico com assiduidade). Quanta contradição com os meus princípios: ora eu escrevo a cada dois meses, ora 20 posts por dia. Acho que estou a meio caminho de ostentar novos princípios…

God exists

Algumas coisas fazem a gente ter convicção de que Deus existe e que Seus anjos protegem a gente e as pessoas que a gente gosta.

Hoje minha mãe foi abordada por dois rapazes em uma moto, que se aproximaram na contramão e exigiram sua bolsa. Nessas horas nossa reação é sempre uma variável; ninguém nunca sabe como vai reagir, apesar de toda a ladainha “não reaja, entregue tudo e se eles aparentarem estar drogados, diga de antemão o que vai fazer pra não correr o risco de levar um tiro porque eles acharam que você ia tirar um revólver da bolsa”.

Sabe qual foi a reação da minha mãe? Ela começou a gritar feito uma louca e entrou correndo em uma avenida de quatro faixas hiper movimentada. Todo mundo brecou e ela entrou no carro de um homem que a levou até uma delegacia. Não levou tiro, não foi atropelada, nem teve um infarto…

Essas coisas fortelecem a minha crença em um ser superior protetor (Deus, para a maioria) e me fazem agradecer profundamente o anjo da guarda dela, que é supimpa.

*Obrigado*

Não custa lembrar: não saque bastante dinheiro no seu banco de confiança a saia andando pela rua. Sempre tem alguma quadrilha de olho…

I really hate it

Propagandas pop-up na internet. Odeio. Tanto quanto um alarme de carro disparado no meio da madrugada. Antes dava pra bloquear. Hoje em dia não dá mais.

Pô, tem tanto lugar elegante pra se colocar anúncios…

Os sites da Folha/UOL, Veja e quase todos os outros canais tapuias de informação estão usando agora um tipo de pop-up – que jão nem é mais pop-up porque infechável – que acompanha você enquanto você desce a tela lendo um texto. É o equivalente a andar de carro e ter alguém pulando do seu lado na janela e segurando um cartaz pisca-pisca com propaganda idiota durante todo o caminho.

Detestável. Hoje em dia quando penso “deixa eu ver algumas notícias no site Veja/Folha/UOL”… eu já lembro de antemão das propagandas irritantes e nem acesso o site mais.

Era isso o que eles queriam? Repelir acessos?

Comigo funcionou. Mais do que nunca eu acesso notícias sem edição, muito mais completas em sites que NÃO ENCHEM O MEU SACO: The New York Times, The Economist, Wired… Lá tem propaganda, claro, mas SEM INTERFERIR, piscar, pular, me seguir…

But in English.

The Brain & Evil

Acabei de ter uma epifânia, um insight, assistindo um desses documentários maravilhosos sobre o cérebro na tv (ok, eu normalmente odeio o que passa na tv, mas dessa vez foi legal). O cérebro é incrível por suas inúmeras subdivisões (amígdala, lobo temporal, hipotálamo etc.). O cérebro dos psicopatas, por exemplo, se caracteriza por não conseguir entender o sofrimento dos outros, porque o centro de identificação com o outro é muito menor do que o de uma pessoa “normal”. Não processa. Eu sinto vontade de estrangular uma puta e, por mais que ela sofra durante o lento, doloroso, gradual e quiçá sangrento processo, não me identifico com ela, com sua dor, com o seu sofrimento psíquico. Por isso a mato de um jeito cruel e imoral (para a maioria das pessoas). Pode ser anti-ético ou não, dependendo do grupo sendo observado. Eu quero, e isso basta. Incrível isso não?, não fossem as constatações todas da ciência.

Se uma pessoa faz mal a outra, sabendo que a prejudicou, ela pode ser punida (dependendo do advogado). Caso ela não perceba que prejudicou a outrem, será submetida a um longo e subjetivo processo de avaliação.

Afinal, o que é o Mal? O que exatamente é aceito e tolerado por um grupo?

Roubar é mal? Enganar? Matar? Tirar proveito da estrutura pré-estabelecida, da Máquina, do que “acontece normalmente” de uma forma ou de outra em benefício próprio é errado? Prejudica os outros? Mas… prejudica de um jeito pior, mais do que me beneficia?

É mal, sim. Achar que só porque os outros fazem/fizeram tal coisa permite que você dê continuidade a uma determinada ação é errado sim! Porque alguém rouba tradicionalmente aqui, não quer dizer que é certo. Porque em um dado grupo social matam-se as putas, continuo achando isso errado. Pelo menos no meu sistema de crenças, do meu código moral e ético. Vai ver minha amígdala é um pouco maior. No meu íntimo, lá dentro da alma, eu sempre sei se o que fiz ou estou prestes a fazer é certo ou não.

grupo de neurônios, no sistema límbico: stress, raiva, reação, agressão, sexo

Matar putas (tadinhas delas… servir de suporte pra minha argumentação…), roubar, enganar… Tudo isso é muito ruim, muito errado. Especialmente pensando na suposta evolução do ser humano. Como tornar a civilização melhor quando seus membros fazem coisas erradas sabendo que são erradas? Eu me esforço pra desenvolver parcerias positivas com todo mundo ao meu redor, desde os meus amigos até os garis que varrem as ruas do meu bairro (eu sei o nome deles: Gaspar e José. O Gaspar é uma ótima pessoa, adora conversar, mas infelizmente vai trabalhar numa região mais próxima da casa dele. Não é estranho que os garis tenham que trabalhar em bairros que não são o lugar onde eles moram? Eu acho muito importante a gente cuidar das redondezas do lugar onde a gente mora; fico bravo quando escuto o barulho de uma latinha de cerveja jogada na rua. Jogar lixo nas ruas é uma coisa que sempre me deixa inconformado). Quando eu me desvio daquela minha conduta esperada, eu sou o meu próprio e mais severo julgador (eu ia dizer juíz, mas eles em geral tomam decisões estranhas também, contrárias ao bom senso…).

A publicidade engana e ludibria o tempo todo. Convence as pessoas a consumir um determinado produto com base em falsas premissas, ou em premissas vazias. Força as pessoas a comprar coisas que elas não querem, a priori. Isso sustenta a nossa sociedade e é muito muito errado. O tal infamous Consumo. Essa discussão vai longe e fica pr’uma próxima. Todo mundo sabe afinal e lá no fundo que isso é errado, que tem alguma coisa errada com os comerciais. Mais alguém aí já percebeu e sabe que eles usam constante e impunemente uma série de artifícios subliminares para induzir mais consumo? A Colgate por exemplo coloca um apitinho irritante e bem baixinho – pi…pi…pi…pi…pi… – nos comerciais de creme dental. Como eu tenho uma audição extraordinária, eu me peguei outro dia incomodado com alguma coisa, um alarme chamando minha atenção para a tv. Muito sutil. Absolutamente inaceitável.

Acabei de assistir a “Como fazer carreira em publicidade“. Um dos filmes de humour britânico mais inteligentes e perspicazes do mundo! Procure na sua locadora; você vai gostar.

ah... a consciência ali embaixo...

Mas, voltando ao assunto da psicose (roubar, matar, enganar), tudo o que a gente faz tem uma consequência. Para nós mesmos ou para os outros.

Durante a execução de todas as nossas ações a gente ouve uma vozinha, lá no fundo, dizendo se o que isso que a gente está fazendo é certo ou errado. Isso é real, pois certo e errado são conceitos únicos e universais (universal significa que inclui os ETs em outras galáxias também). Todo mundo sempre sabe, no fundo, se o que está fazendo e até pensando é certo, ou errado. A gente sabe. Mais do que sabe, sente.

Menos os psicopatas.

E isso me leva ao argumento final e conclusivo: Os políticos, os advogados, os publicitários (me desculpem se eu exclui alguma categoria) fazem coisas sabendo que essas coisas são erradas, pois elas vão, SIM, prejudicar outras pessoas, em maior ou menor grau. Ou porque as privam ou porque as aleijam ou enganam ou roubam. Ninguém pode prejudicar os outros, sem ser considerado um psicopata. Alguém aí assistiu The Corporation? Esse filme estabelece uma relação direta entre as corporações e a psicopatia. Faz um par perfeito com “Como fazer carreira…”. Só que este é uma comédia e aquele é sério.

Os políticos que roubam (acho que são todos) ou que têm salários astronômicos, além dos inúmeros e inusitados perks mais do que vergonhosos, os advogados do diabo, os publicitários (podia incluir muita gente aqui também, como a maioria dos líderes religiosos etc.) terão um pequeno e passageiro drama de consciência. Nada que uma viagem gostosa pelo mediterrâneo e uma bíblia recheada de dinheiro não resolvam…

Serão eles também psicopatas?

Afinal, qual a quantidade de sofrimento alheio inflingido ou prejuízo é tolerável?

Nenhuma. Nenhuma.

Vivemos em uma sociedade de psicopatia. Alguns percebem isso.

Enfim, uma das maneiras de protesto mais racionais, que eu pratico e recomendo, é o voto nulo. Pense que grande revolução pontual se a porcentagem de votos nulos fosse, digamos, 40%… Não ia ter que mudar alguma coisa?

Está interessado pela psicopatia da elite ancestral? Veja esse vídeo no youtube. Ele tem 3 partes de 10 minutos cada e vale muito a pena assistir.

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Sors de l’enfance, ami, réveille-toi!

Adoro citações en français. Elas são muito chiques e parece que, porque em francês, são muito mais verdadeiras. Além do que, faz parecer a quem ler o que eu escrevo, que eu tenho aquela casquinha intelectual de que o Mário de Andrade falava.

A máxima-título deste post é do Jean-Jacques Rousseau e serviu de epígrafe aO Mundo, do Schopenhauer: “Sai de tua infância, amigo, acorda!” (uma pancada na cabeça) (Já tinha falado do Rousseau em outro post – saber viver como a natureza exige). Gosto do Schopenhauer porque ele fala sobre como viver aceitando todas as limitações da existência, com o respectivo impacto do desejo e suas frustrações no nosso bem-estar. Überracional. (Como eu sei que nem todo-mundo vai ter saco/tempo pra ler O Mundo, eu vou abordar alguns aspectos aqui – no blog, não no post -, eventual e paulatinamente.)

Freud foi largamente influenciado por Schopenhauer, por sua vez iluminado por Descartes, Kant e pela filosofia milenar do Hinduísmo e sua Lei Eterna (essa epifânia, dividida em Vedas = conhecimento, e Upanixade = meditação e filosofia, também fica pr’uma próxima). Freud apreendeu o conceito de vontade e representação e desenvolveu a teoria do desejo, da repressão, id, ego, super-ego. E claro que ele leu muita coisa en plus de Schopenhauer.

Outra citação en français que eu gosto bastante é “J’ai plus de souvenirs que si j’avais mille ans“, do Baudelaire (Spleen), que significa “Tenho mais lembranças do que se tivesse mil anos”. Demais, não? Gosto de acreditar que, se reencarnações houvesse, eu já teria vindo e ido muitas muitas muitas vezes. Talvez por isso goste tanto desse poema do Baudelaire. Perfeito para um pirata cansado.

Já deu pra perceber que eu gosto muito da literatura do século 19. Adoro esse pessoal que fundou ou veio depois do Iluminismo. Não vou nem chegar perto da questão Renaissance-Siècle des Lumières e suas subsequentes subdivisões porque isso vai longe e inclui muita muita gente (beaucoup de gens et d’artistes studieux). Mas é gostoso demais ler gente que despertou do obscurantismo da idade média e descobriu a racionalidade dos fenômenos, indo muito além da mera observação. Eles conseguiram pensar em presque tout.

Hoje acordo com uma porção de coisas pra fazer (não muitas, é verdade, ao contrário do que todo-mundo diz. Todo-mundo está sempre muito ocupado em mentir no currículo…). No meio de tudo isso, tenho as minhas expectativas para o dia e uma panóplia de quimeras. Quase todas se frustram e eu tenho que lidar com isso, material e emocionalmente. Nos dias de sorteio da megasena eu acordo e desejo: ai meu Deus, hoje vou poder ajudar minha família e meus amigos, vou comprar meu apartamento e um audi A3, e vou dar um giro pelo mundo… Quase todo dia seguinte eu tenho que lidar – de novo – com a frustração da pobreza, com o esforço inútil e vão de vender minha inteligência e meu trabalho para comprar migalhas de desejos. Sorry friends; better luck next time.

Lembrei de outra citação que eu gosto, dessa vez do Manuel Bandeira: “A vida é uma agitação feroz e sem finalidade (…)”.

Das relações entre elite (essa pouca gente que concentra quase toda a riqueza do mundo há séculos e chega até a casar incestuosamente para não ter que dividir), e mão-de-obra (essa toda outra gente que produz, sonha, e sofre com as limitações financeiras, e pode eventualmente incluir a bourgeoisie), e das relações entre arte/intelectualidade e trabalho, gosto dessa citação, en française, claro, “Je suis un homme spiritualiste etouffé par une société materialiste, où le calculateur avare exploite sans pitié l’intelligence et le travail” (sou um homem espiritualista cansado de uma sociedade materialista, onde o agiota avaro explora sem piedade a inteligência e o trabalho), Alfred de Vigny, da turma do Charles.

(Por que os banqueiros arrancam todo o nosso dinheiro das maneiras mais criativas e compulsórias e depois aparecem na mídia fazendo caridade?? É como a Shell ou a Petrobrax (lembra disso?) fazendo propagandas como se se preocupassem com o meio ambiente…)

Voltando: gosto dessa turma toda porque eles me ajudam a obter um certo equilíbrio psicológico para as minhas frustrações, equilíbrio que não chega a resolver meus problemas, minhas dúvidas, mas me dá um certo conforto, uma certa sabedoria que serve apenas para me consolar de forma racional nos momentos mais agudos de tristeza com o mundo pelo o que o mundo é, ponto. O Harold Bloom tem uma definição muito legal para a sabedoria: aquela vozinha que dialoga com você quando você está quietinho, sozinho, refletindo sobre o conhecimento que você adquiriu. Não pode ser compartilhada; a sabedoria é uma coisa só sua. Gosto disso. Faz muito sentido. O Harold Bloom é genial e esse livro deve ser lido por todo mundo interessado em aprender sobre a busca pela sabedoria de todos os povos através da História e em se sentir melhor consigo mesmo.

Harold Bloom, Vigny, Freud, Schopenhauer… Eles me ajudam diariamente a conviver com meus desejos, minhas vontades, o que eles representam individualmente para mim, e a aceitação das frustrações e das limitações da existência, que são muitas muitas (ils sont très nombreux). Além de apreciar profundamente, óbvio, toda a beleza artística da œuvre deles. Gostaria de compartilhar esse sossego espiritual, mas cada um tem que achar o seu. Muita gente tenta isso através das religiões, mas elas, para mim, só fazem piorar tudo. Contudo, se você está interessado no ramo das religiões e quer investir seu tempo e seu talento nisso, leia a Entrevista com o profissional. Pra mim, a mais perspicaz, verossímil e franca entrevista da história da humanidade!

A leitura do Schoppy tá só no começo. Provavelmente ainda vou voltar a esse assunto outras vezes. Conclusão: saiba que perceber de maneira realista os seus impulsos primordiais dos desejos profundos, o constante querer querer não vai cessar nunca. Uma condição triste dos seres capazes de abstrair. Antes que você pergunte, só o homem consegue fazer isso, dentre todos os bichos existentes (os ETs supostamente não têm esses conflitos…). A convivência com esse almejar incessante (seja lá o que você queira) dura a vida toda, não tem cura e paradoxalmente é parte inexorável do que você e eu queremos ser. Lide com isso (o mundo como representação). Pessimisticamente fato. Acorde da infância. Você vai sempre querer querer. Mas tem que saber disso.

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PS: este post inaugura o novo visual do meu blog e é o primeiro também com o título em francês (quem é espertinho já percebeu que os títulos são todos em inglês) (peraí que eu babei no teclado…). A imagem no header é uma concepção artística que eu achei no site da National Geographic sobre o fim do universo, quando ele voltar ao seu ponto inicial, pré Big Bang, antes da infância. Por mim, podia ser na semana que vem, cheio de som e de fúria…

…mesmo no vácuo… oommm…

no more aaaaahhh…

hello

is there anybody in there?

just nod if you can hear me

is there anyone at home?

come on, now

i hear you’re feeling down

well i can ease your pain

get you on your feet again

relax

i need some information first

just the basic facts:

can you show me where it hurts?

there is no pain, you are receding

a distant ship’s smoke on the horizon

you are only coming through in waves

your lips move but i can’t hear what you’re sayin

when i was a child i had a fever

my hands felt just like two balloons

now i got that feeling once again

i can’t explain, you would not understand

this is not how i am

i have become comfortably numb

ok

just a little pinprick [ping]

there’ll be no more – aaaaaahhhhh!

but you may feel a little sick

can you stand up?

i do believe it’s working – good

that’ll keep you going for the show

come on it’s time to go

there is no pain, you are receding

a distant ship’s smoke on the horizon

you are only coming through in waves

your lips move but i can’t hear what you’re sayin

when i was a child i caught a fleeting glimpse

out of the corner of my eye

i turned to look but it was gone

i cannot put my finger on it now

the child is grown, the dream is gone

i have become comfortably numb.


roger waters & david gilmour