le “nouveau” rock français

estou em uma fase intensa de ouvir música en français

a gente aqui no brasil está tão acostumado a ouvir as mesmices que a indústria musical americana entucha goela abaixo que esquece que existe música, muito BOA música, em outros países e em outras línguas

não me entenda mal: adoro música em inglês (e em português, claro), mas só recentemente descobri as maravilhas do rock em francês

as minhas mais últimas e deliciosas descobertas en français, par ordre de préférence:

1. miCkey[3d]

2. [karkwa]

3. jean leloup

4. les têtes raides

5. malajube

6. eiffel

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jouir de ces chansons: je sais que je les aime beaucoup

os websites do karkwa e do têtes raides são MUITO legais!

se você clicar nos links numerados, vai conhecer os sites de cada banda; os dois links acima levam à wikipedia

a palavra “nouveau” no título do post está entre aspas porque essas bandas tocam há bastante tempo; eu que só as descobri recentemente…

vou colocar esses sites como homepage no meu navegador pra ficar mais atualizado:

http://www.allmusic.com/

http://pitchfork.com/

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4 at once

hoje um amigo querido disse: nossa faz tempo que você não posta no seu blog…

cheguei em casa, reli, editei e publiquei 3 drafts que tavam guardados aqui desde antes do natal…

pra quê guardar os posts só pra mim, né?

vou ficar mais assíduo; prometo.

btw, cadê o SEU blog??

puke

os posts no meu blog tem o movimento catártico do vômito: eu sei quando quero escrever – tanto quanto sei quando preciso vomitar. muitas vezes não quero escrever, mesmo quando sei que seria bom escrever – tanto quanto sei que vomitar seria bom, especialmente quando bebi demais ou comi coisas estranhas à flora intestinal e aos movimentos peristálticos, por exemplo

passo um bom tempo sem escrever no blog – tanto quanto passo meses sem vomitar (antes que alguém imagine: não, não tenho vomitado ultimamente, nem seria isso motivo para inserir novo post em meu querido blog)

mas por que, então, tanta escatologia? por que associar o exercício da intelectualidade ao vômito? respondo, do meu jeito: porque as coisas que mais me incomodam são muito parecidas com o vômito: elas ficam dentro de mim, seje dentro do estrômbalo, seje dentro do cérbero

eu boto adentro uma porção de coisa que num devia. a maioria dessas coisa é uma dilíça quando entra, e todomundo já entendeu que na maioria das vezes é uma merda quando sai; seje merda literalmente (no âmbito físico de falar), seje em pensamento (no âmbito abstrato-subjetivo-intelectual de falar)

e daí? (gosto de dialogar com os meus leitores…) algumas coisas ficam ecoando – e esse é o poblema. como e bebo muitas coisas estranhas. física e espiritualmente. em geral tudoisso envolve arrependimento. mas a questão aqui é o que já SEI que NUNCA mais quero por adentro – seje pela goela, pelo canal auditivo, pelo nervo óptico, e, às vezes, até pelo cólon sigmóide…

é carnaval agora, e todomundo, no brasil, pelomenos, está pensando em que lugar vai sambar, gritar, beber… por que? POR QUÊ?? por quê fazer de conta que em uma semana tudo é alegria exacerbada e inconsequente e tudo pode???

(vômito)

porque a mídia assim O vende. tanto quanto o natal, tanto quanto qualquer outra festa idiota e artificial que venda, aumente a ocupação hoteleira, gere receita… e assim o mundo gira?

pense, pense, PENSE

é assim que o serumano vive? tudo bem que é uma oportunidade pra beber rir trepar vender e até incluir… mas, precisa a TV fazer uma COBERTURA ONIPRESENTE para a ser humano se soltar? (seja no natal, na quermesse, no carnaval…?) a gente – é, sempre me incluo… -, não poderia se soltar sempre e de um jeito natural?

olha a imagem que o brasil vende pro mundo: bunda cachaça putaria…

(vômito)

pra mim o carnaval e a alegria falsa têm – mui apropriadamente – esta cara:

Alfred E. Neuman RULES!!!

Alfred E. Neuman RULES!!!

alguém aí se preocupa com os inúmeros escândalos políticos? um após o outro, vezes mil por ano, todos insolventes…

natal, carnaval, corpus christi, páscoa…

tudo a mesma merda… e tudo muito cheio de hi-po-cri-sia. vamos fazer de conta que está tudo bem… ATÉ QUE PONTO??

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recomendação do dia: leia tudo o que puder sobre desobediência civil

estou cada vez mais fazendo proselitismo das idéias do H.D. Thoreau

aqui tem um pouco: leia este texto

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just_do_it

faça

try

essayer

você também

tente

emerson did

aristotle did

faire des choses

não adianta deixar pra amanhã – para seu próprio conforto espiritual

emerson: finish each day and be done with it. you have done what you could. some blunders and absurdities no doubt crept in; forget them as soon as you can. tomorrow is a new day; begin it well and serenely and with too high a spirit to be encumbered with your old nonsense

xmas by a grand penseur

o natal chegou. de novo… eu só sei porque vejo ruas prédios casas escolas bancos cheios de enfeites luzes bonecos neve anões

essa época do ano é muito esquisita. todomundo é coagido a sentir que precisa ser feliz. isso está profundamente incutido no cérebro, resultado de anos de lavagem cerebral pela mídia

as pessoas sentem uma urgência para consumir: querer comprar: presente comida amigo afeto

um comportamento já transformado em cultura por anos de transmissão de tradições

tudo muito artifical: neve. em um país em que a temperatura em dezembro gira ao redor de 30 graus…

além da essência comercial -o grande fulcrum do natal nas sociedades modernas-, muitas coisas ainda são ligadas à religião. ops, hein? é. re-li-gi-ão. não, sinto desapontar, mas a origem do feirado não é comercial, é religiosa. não foi inventado pra vender panetone, e sim para celebrar o nascimento de jesus. quem?

tudo muito cheio de hipocrisia. a realidade da sociedade é tão diferente do que o feriado deveria celebrar… a gente vive feito animal em selva: só o mais forte sobrevive etc., mas no natal…

veja esta foto que o meu amigo “alex” (este apelido tão americanizado foi utilizado para ocultar a verdadeira identidade pessoal humanística cadastrativa do elemento homo universalis) tirou em uma de suas inúmeras incursões entre o povo, o verdadeiro povo brasilien:

serendipitous a.

papail noel existe E está entre nós; olha só QUANTOS PRESENTES ele traz

o natal já passou agora, mas pense nisso quando for passear em um templo de consumo BEM artificial no fim deste ano

ultimamente eu tenho sentido muito mais vontade de me sentar ao lado desse cara aí da foto do que de colocar uma roupa bunita e fugir da realidade em ambientes de manipulação coletiva, nos quais só falta as pessoas receberem uma injeção de estupidez logo na entrada – pra poder consumir more

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ps: le grand penseur n’est pas moi, mais alex -pour ceux qui pensait que j’étais un grand penseur…