making it up

o post de ontem foi terrível: mal humorado, bêbado, ácido, agressivo…

hoje mandei emails e mensagens de textos pras pessoas que eu gosto pedindo desculpas… sim, além do post aqui no blog mandei um monte de emails… isso sem falar na minha amiga querida que me aguentou por quase uma hora ininterrupta chorando e dizendo a ela o quanto a amo… havia motivo…

eu sou foda…

pra recompensá-los, olha que doce:

adoro crianças cantando

enfim

espalho amor……

fun _classical fun

ouço blossom dearie enquanto escrevo isso. gosto muito. esse jazz das antigas é bom demais. dave brubeck quartet é uma redundância das maiores, common place. sorry. j’aime aussi d’autres choses, croyez-moi:

algum dos meus leitores, por acaso, conhece vince guaraldi? terje rypdal, manu katché, jan garbarek?

henry mancini, egberto gismonti, charlie parker, cole porter, pat metheny, et al. são fáceis demais e não entram nesse boast about sem fim… (reparou que eu usei a oxford comma?) privo-me de incluir os links. me sinto um papagaio falando isso é bom isso é bom isso é bom…

pensar com calma em o que eventualmente recomendaria dá trabalho demais – coisa de que nunca gostei muito, a não ser quando inexoravelmente imprescindível. faça sua própria pesquisa: gosto é que nem cú…

…e pra quê tudo isso? pasme! por causa de um vídeo que eu vi do “i love lucy”, em que aparece a tallulah bankhead:

coisas da adolescência. memórias deliciosamente adolescentes que ficaram e nunca, jamais devem ir embora…

mas, voltando ao assunto da música, jamais colocarei esse tipo de música como toque do meu celular (anymore…). foi engraçado em 97, 98, quando era novidade usar esses tipos de arquivos diferentes. a partir de 2001, usar o até então arquivo ΜΠ³ como “a coisa mais diferente e maravilhosa do mundo” deixou de ter graça… em geral

hoje em dia, “hip people” ainda colocam coisinhas engraçadas como toque do celular… fico im-pre-ssio-nadomesmo, ao ver gente inteliformada colocando funk como toque do celular… sempre quando ouço a bourgeoisie, gente de classe pra lá de média brincando de “vai cachorra”, penso que essa gente é doente, já que o celular custou 3 vezes o orçamente da gente que elaborou o funk… (quando não envolvidas com drogas, claro…)

mesmo a blossom, no vídeo acima… não é exatamente a mesma coisa mas… que fascimo é esse?

oi! você piscou o perto da gravação desse vídeo, e agora o mussolini vai te arrebentar, te prender, cobrar royalties… “no pictures are allowed in here”…? com o dedo em riste!

quase deixei de gostar dela… ainda bem que ela já morreu, senão ela vinha bater na minha porta… será que ela aparece em sonho? tô fudido, a não ser que ela venha pra cantar…

coisas de uma outra época. passado. imagine essa mulher lidando com downloads infinitos de música, vídeo, foto..

voltando aos toque de celular… o que tá me incomodando: a não ser que faça parte de uma comunidade verdadeira na favela, ou no maranhão, ou no piauí, alagoas, bahia…, passando por todo tipo de necessidade material, comidal, ou experimentando música e poesia como maneira de fuga da realidade, fuga da realidade REAL (me perdoe se isso parece fascista), tudo isso é artificial, ridiculamente artificial; feio, besta, “sou rico-e-tenho-conforto-material-mas-quero-proclamar-que-me-importo-com-os-pobres-MUITO-à-distância-MUITO-MUITO-à-distância”, kinddah ringtone

…de repente você está no meio de uma reunião com a elite pensadora, pesquisadores especializados, com anos de estudos antropológicos, técnicos, sociológicos… gente supostamente preocupada com a fina seleção de gostos através dos séculos, cultura lato sensu, throughout anos de dedicação, e alguém deixa escapar um toque de celular como, “vai cachorra, au-au, me bate… só um tapinha não dói…”

pra mim, o fim

…mas nessas horas, se alguém des-traiu, o bom-tom reza que a gente deve sorrir e… sei lá…

soltar um peidão bem alto? um arroto?

pppppprrrrrprrprrprpprprrrrpszszspzpzszzzsssssssss?

amém?

la poésie partout n’importe où

esse cara, o jarbas agnelli, viu poesia em pássaros pousados em fios de eletricidade – coisas que só existem em cidades grandes de países de terceiro mundo ou em cidades muitos muito pequenas e bem afastadas de centros urbanos em países do dito primeiro mundo

até os 3 minutos do vídeo ele explica como e porquê. interessante

daí em diante, música e sensibilidade de primeira. hiper criativo. adoro admirar (e invejar) a criatividade alheia: